A Associação das Principais Atrações Turísticas (Association of Leading Visitor Attractions, a ALVA) do Reino Unido divulgou nesta semana o seu ranking 2023 de atrações mais visitadas na Inglaterra, Escócia, Pais de Gales e Irlanda do Norte.. O número total de visitas às atrações que fazem parte da ALVA em 2023 foi de 146,6 milhões – um aumento de 19% em relação ao ano anterior.
O País de Gales registou um aumento de 25% no número de visitantes depois da adesão do Museu Nacional à ALVA no ano passado. Londres viu um aumento de 24% e a Escócia empatou com a Irlanda do Norte: ambas alcançaram um aumento de 21%. A região da Inglaterra fora de Londres com o maior crescimento anual foi o leste da Inglaterra, que cresceu 11%, seguido pelas West Midlands, com 10%.
Liderando o ranking está o Museu Britânico, que recebeu mais de 5,8 milhões de pessoas em 2023 – um aumento de 42% em relação a 2022 e que é atribuído, em parte, ao grande sucesso da exposição sobre a história da China no século XIX. A última vez que o museu liderou esse ranking foi em 2019, sendo a 3ª atração mais visitada em 2022.
A segunda atração mais visitada foi o Museu de História Natural, em Londres, que bateu seu recorde de visitas – mais de 5,6 milhões, um aumento de 22% no número de visitantes. A atração ao ar livre mais visitada foi o Windsor Great Park, com 5.4 milhões de visitas. Em 4º lugar ficou a inconfundível galeria Tate Modern, com 4,7 milhões de visitas, enquanto o Southbank Centre permaneceu em 5º lugar com um aumento de 8% para 3,2 milhões de visitantes.
Apesar de ter reaberto apenas em julho no ano passado, a recém-reformada National Portrait Gallery de Londres recebeu mais de 1 milhão de visitas, ocupando o 27º lugar da lista, e o Young V&A, museu voltado para o público infantil e famílias, reabriu em 1º de julho e desde então recebeu 405 mil visitantes. O maior aumento percentual em Londres foi da Guildhall Art Gallery que teve um aumento de 137% depois de subir 43 posições na tabela, enquanto o Royal Albert Hall voltou para números quase pré-pandêmicos de cerca de 1,6 milhões de pessoas, mesmo tendo 12 eventos a menos em 2023 se comparado com 2019 .
No ano da Coroação, a Abadia de Westminster teve um aumento de 49% no número de visitantes e fiéis, recebendo mais de 1,5 milhões de pessoas (17º lugar); O Castelo de Windsor teve um aumento de 66%, indo para cerca de 1,3 milhões de visitas (20º lugar) e o Palácio de Buckingham, mesmo estando aberto para visitação por apenas 10 semanas no ano, durante o verão, recebeu meio milhão de visitantes, um aumento de 75%
Já na Escócia, a atração gratuita mais visitada continuou a ser o Museu Nacional da Escócia, com um aumento de 11% e mais de 2,1 milhões de visitas. Em seguida, vemos o Castelo de Edimburgo, que foi a atração paga mais visitada na Escócia, recebendo 1,9 milhões de pessoas e ocupando a 14ª posição. Outra atração escocesa muito procurada é a Kelvingrove Art Gallery and Museum, que teve um aumento de 32% e saltou para o 25º lugar do ranking, apenas uma posição acima do Riverside Museum – ambos em Glasgow.
A atração ao ar livre mais popular na Escócia foi o Royal Botanic Garden Edinburgh, que teve um aumento de 4%, com mais de 1 milhão de visitas. A Galeria de Arte Moderna de Glasgow subiu 40 lugares, ocupando a posição 70 da lista após o sucesso da exposição Cut and Run do aclamado Banksy. A Catedral de Glasgow, por sua vez, subiu 50 posições e teve um aumento de 79% no número de visitantes. Já para os castelos de Stirling e Urquhart, o aumento foi de 24% no ano.
Na Irlanda do Norte, o Titanic Belfast continuou a ser a atração mais visitada do país e, após uma reforma da sua galeria no início de 2023, viveu o seu ano de maior sucesso desde 2012, com um aumento de 28% nas visitas. Enquanto isso, a inconfundível Giants Causeway teve um aumento de 57% e subiu 23 posições na lista com 662.806 visitantes. Ainda sobre atrações ao ar livre na Irlanda do Norte, Carrick-a-Rede viu um aumento de 83% das visitas.
Já no País de Gales, a atração mais visitada foi o Museu de História Nacional St. Fagans, com 594.990 visitas e um aumento de 23% em relação a 2022. Foi seguido pelo Museu Nacional de Cardiff com um aumento de 41%.
Fora de Londres, outras atrações inglesas que tiveram bom desempenho em 2023 foram o RHS Garden Wisley em 21º lugar, Stonehenge em 23º lugar e as famosas termas da cidade de Bath e seu charmoso restaurante Pump Room, com mais de 1 milhão de visitas e um aumento de 25%.
Bernard Donoghue OBE, Diretor da ALVA, comentou: “As atrações que fazem parte da ALVA ainda não voltaram a receber o mesmo número de visitantes pré-pandemia, mas estão realmente satisfeitos por verem como os visitantes priorizam, mesmo num clima desafiador em termos de custo de vida, viver momentos especiais, com pessoas especiais em lugares especiais.”
“Embora a redução fiscal para museus, teatros e galerias tenha sido um anúncio muito bem-vindo, houve uma oportunidade perdida de retomar a isenção dos impostos de compras para visitantes estrangeiros, o que teria melhorado a competitividade internacional do Reino Unido.”
Mas e as novas atrações? Há muito o que esperar deste ano e do próximo quando falamos de experiências no turismo britânico: a The Queen’s House acaba de reabrir com obras da coleção de belas artes do Royal Museums Greenwich (RMG); o museu a céu aberto Beamish abrirá uma taverna, um cinema dos anos 1950, uma loja de brinquedos, uma loja de discos e um espaço de aprendizagem STEM, juntamente com acomodações em estilo georgiano, como parte de seu projeto de renovação. Provand’s Lordship, a casa mais antiga de Glasgow, reabrirá em 29 de março, depois que cerca de £ 1,6 milhão foram gastos em reparos e obras de melhoria iniciadas no verão de 2022. O prédio faz parte do complexo da Catedral de Glasgow e desempenhará um papel significativo nas celebrações do 850º aniversário da cidade em 2025. O museu ferroviário Locomotion em Shildon está atualmente se preparando para o lançamento do New Hall (e um retorno à abertura 7 dias por semana) em maio de 2024, que criará a maior coleção de veículos ferroviários históricos cobertos e em exibição pública em qualquer lugar da Europa.
Para comemorar os 200 anos da National Gallery em 10 de maio, 12 das pinturas mais icônicas e amadas do Reino Unido serão emprestadas a 12 locais em todo o Reino Unido, incluindo a National Gallery of Scotland, o Museu Ashmolean de Oxford, o Museu Fitzwilliam de Cambridge; Laing Art Gallery em Newcastle e Ulster Museum Belfast. Também comemorando seu aniversário, o RAF Museum – museu da Força Aérea em Londres – contará com um fim de semana repleto de música ao vivo e entretenimento em junho para comemorar o 80º aniversário do Dia D.
Recentemente inaugurada na Tate Modern, a exposição de Yoko Ono fica em cartaz até 1º de setembro, e uma nova exposição no Palácio de Kensington, Untold Lives, irá revelar as histórias esquecidas daqueles que trabalharam nos palácios reais em mais de 300 anos. Também está aberta até 27 de outubro, na Hayward Gallery, uma grande exposição de escultura chamada When Forms Come Alive, que vai até até 6 de maio de 2024, seguida pela mostra histórica de Tavares Strachan, que abre em 18 de junho.
As exposições esperadas incluem NAOMI: In Fashion no V&A South Kensington explorando a extraordinária carreira da modelo Naomi Campbell, que abre em 22 de junho, e Barbie®: The Exhibition estará no Design Museum a partir de 5 de julho e explorará o design e evolução de uma da boneca mais famosa domundo. Uma exposição especial sobre as últimas Michelangelo as últimas décadas de Michelangelo abre no Museu Britânico em 2 de maio. Já no Museu de História Natural, a exposição Birds: Brilliant and Bizarre abre em 24 de maio. A partir de 29 de março, o Old Royal Naval College inaugura uma nova exposição fascinante, Chocolate House Greenwich, sobre o papel fundamental que o chocolate desempenhou no renascimento de Greenwich no século XVIII.
Para além de Londres, a exposição Art of the Selfie acaba de ser inaugurada no Museu Nacional de Cardiff e ficará em exibição até janeiro de 2025, enquanto o Palácio de Blenheim, de 23 de março a 30 de junho, lança a maior exposição em seus 300 anos de história com foco em ícones da moda britânica. O Museu de Liverpool prorroga a exposição Happiness!, sobre Sir Ken Dodd, até 7 de julho. No Museu Nacional da Escócia, em 29 de junho, será inaugurada a maior exposicão interativa da história e cultura dos videogames, intitulada Game On, enquanto a The Burrell Collection em Glasgow apresenta, a partir de 24 de maio, a exposição Discovering Degas.
O Museu Fitzwilliam, em Cambridge, embarca no espírito esportivo do ano olímpico dom a exposição Paris 1924: Sport, Art and the Body a partir de 24 de maio. No sudoeste da Inglaterra, o Brunel’s SS Great Britain inaugura um especial sobre os wardian cases – terrários vitorianos marítimos que serão plantados com orquídeas vivas, samambaias, árvores frutíferas e muito mais, trazendo à vida pela primeira vez a história dos movimentos transcontinentais de plantas vitorianas. A Blists Hill Victorian Town traz de volta sua Victorian Seaside Experience durante as férias de verão, recriando a atmosfera da tradicional praia na era vitoriana.
A popular série de televisão Bluey está ganhando vida em Wakehurst, Sussex (27 de março a 14 de abril) e nos Kew Gardens (29 de março a 14 de abril) enquanto os personagens Bluey, Bingo e sua turma tomam conta dos jardins para celebrar a Páscoa.
Na The King’s Gallery, Buckingham Palace, a exposição de verão Royal Portraits: A Century of Photography traçará a evolução da fotografia de retratos reais dos anos 1920 até os dias atuais, revelando as histórias por trás de algumas das fotografias mais celebradas da família real. A partir de novembro, Drawing the Italian Renaissance explorará a diversidade e arte do desenho em toda a Itália durante este período revolucionário, através de obras de artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Raphael e Ticiano.
Após uma temporada bem-sucedida em Londres, a Style & Society: Dressing the Georgians será a primeira exposição a abrir na The King’s Gallery em Edimburgo após seu fechamento de 18 meses para reformas. Explorando a vida na Grã-Bretanha georgiana através da modas da época, será a 40ª exposição a ser realizada na galeria desde sua abertura como espaço para compartilhar uma variedade mais ampla de obras da Coleção Real na Escócia.